Auditores Fiscais do Trabalho alertam para o aumento de acidentes no trabalho e reforçam necessidade de prevenção

Foto: OIT

A precarização do trabalho, terceirização desenfreada, o enfraquecimento das Normas Regulamentadoras (NR’s) e o descaso com o uso de equipamentos de proteção coletiva são alguns dos principais motivos para o grande número de acidentes de trabalho na Bahia. Nesta quinta-feira, 28 de abril, Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, o Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (SAFITEBA) reforça a necessidade de ações de prevenção que garantam a proteção e a segurança dos trabalhadores e trabalhadoras.

As atividades começam às 07 horas, com diálogo junto aos trabalhadores da construção civil em um canteiro de obras no bairro de Ondina e palestra “Segurança, Saúde, Dignidade e Ações Coletivas de Prevenção e Combate aos Acidentes de Trabalho”, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira do Estado da Bahia (SITRACOM-BA). A atividade integra a campanha “Um Passo Pela Vida – Xô Acidente no Trabalho da Construção”. Às 14 horas, o SAFITEBA, através de seu presidente, Mário Diniz, participa da Sessão Especial “Memória das Vítimas dos Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho”, debatendo o tema “Desafios e perspectivas para retomada da garantia de direitos e proteção da vida e saúde dos trabalhadores e trabalhadoras”. A Sessão Especial foi proposta pelo vereador e ouvidor geral da Câmara Municipal de Salvador, Augusto Vasconcelos, Na ocasião, também será lançado um Manifesto do Forumat Bahia contra a precarização do trabalho.

Para Mário Diniz, é necessário que os empregadores tenham uma visão ampla sobre os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos, prevendo as medidas necessárias para garantir a saúde e segurança no ambiente de trabalho. “O pequeno número de Auditores Fiscais do Trabalho em atividade é um dado preocupante, pois impede uma fiscalização mais ampla. Estamos chegando a dez anos sem concurso para a carreira e com 50% dos cargos vagos. Um absurdo!”, explica Mário Diniz.

Campanha Acidentes de Trabalho – É urgente evitar.

O SAFITEBA também reforça a campanha “Acidentes de Trabalho é Urgente evitar”, que acontece até 1° de Maio nos canais digitais de comunicação para alertar a sociedade sobre a necessidade de desenvolver a cultura da prevenção. A iniciativa é uma ação conjunta que reúne entidades ligadas à inspeção do trabalho, como o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Universidade Federal da Bahia e a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).

39.037 acidentes de trabalho foram registrados na Bahia, entre os anos de 2010 e 2021, conforme dados mais recentes do Ministério Público do Trabalho (MPT). 1.133 foram registrados em 2010, chegando a 6.469 em 2021, o que representa um crescimento de 470% para o período. Entre trabalhadores segurados da Previdência Social, nos anos 2018 a 2020 foram registrados 31.552 casos de acidentes de trabalho em todo o Estado.

Acesse a cartilha Acidentes de Trabalho – É Urgente Evitar. http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/acidentes-de-trabalho/cartilhas/

Forumat, MPT, Ufba e Cesat lançam campanha de prevenção a acidentes de trabalho

Alertar a sociedade para a necessidade de desenvolver a cultura da prevenção de acidentes de trabalho é a meta da campanha que será lançada nesta segunda-feira (11), às 14h no Salvador Shopping. A iniciativa conjunta reúne o Ministério Público do Trabalho (MPT), Universidade Federal da Bahia e Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). A iniciativa conta com apoio Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho (Safiteba), e do Forumat Bahia – Fórum Estadual de Proteção ao Meio Ambiente de Trabalho, num esforço para sensibilizar empregadores e empregados de todo o estado. de 11 de abril a 1º de maio. A campanha contará com uma série de ações, presenciais e virtuais, peças expostas no interior do centro de compras, além de cards e vídeos veiculados nas redes sociais.

Na opinião do presidente do Safiteba, Mário Diniz, “essa campanha é muito oportuna. Os dados estatísticos servem de alerta para o crescimento no número de acidentes de trabalho e essa campanha visa aumentar a conscientização geral da sociedade e dos empregadores com relação a esse aspecto. O dia 28 de Abril marca o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho e esses dados só reforçam como é importante refletir sobre isso”.

Além dos três órgãos, os materiais produzidos serão veiculados também nos perfis de de instituições parceiras como sindicatos, fóruns e associações até o próximo dia 1º de maio. O ponto alto da campanha será no Dia Nacional de Prevenção a Acidentes de Trabalho, comemorado dia 28 de abril. Durante o lançamento da ação, estarão presentes o procurador do MPT Ilan Fonseca, o professor do Instituto de Saúde Coletiva da Ufba Cléber Cremonese e a diretora do Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador (Cesat), Letícia Nobre.

Durante o evento os representantes dos três órgãos vão apresentar dados em relação à ocorrência de acidentes na Bahia, seus impactos na vida dos trabalhadores e sobre o conjunto da sociedade. Entre 2010 e 2021 foram registrados 39.037 acidentes de trabalho na Bahia, 1.133 em 2010 e chegando a 6.469 em 2021, um crescimento de 470% no período. Salvador registra 32% do total, isto é, 12.382 trabalhadores morreram na capital, em pleno exercício da atividade profissional em apenas 11 anos.

Os acidentes de trabalho são um importante e grave problema de saúde pública porque causam mutilações, sequelas, incapacidades, temporárias ou permanentes, além de óbitos, e acometem milhares de trabalhadores no Brasil e na Bahia todos os anos. Ocorrem com trabalhadores de quaisquer tipos de atividade econômica e vínculos de trabalho, formais, informais, servidores públicos estatutários, trabalhadores domésticos, por conta própria, e em atividades tradicionais, como agricultura e pesca.

 

Com informações da Assessoria de Comunicação do MPT 5ª Região.

Novo CAGED indica criação de 12 mil novos postos de trabalho na Bahia

Enquanto cresce o número de empregados, contingente de Auditores Fiscais segue sem reposição.

 

O balanço mais recente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED) indica que o Estado da Bahia encerrou o mês de fevereiro de 2022 com a criação de 12.548 empregos formais. De acordo com o Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (Safiteba), o dado indica a retomada dos níveis de atividade econômica pré-pandemia, entretanto, a situação da fiscalização do trabalho segue sem novos aportes na sua estrutura. 

Para o presidente do Safiteba, Mário Diniz, o baixo número de Auditores Fiscais do Trabalho prejudica as ações de inspeção e promoção do Trabalho Decente. “O último Concurso foi em 2013. Além disso, esse crescimento indicado pelo CAGED precisa ser visto com cautela. Após as reformas trabalhistas deste governo e do anterior, agora é possível contratar um trabalhador intermitente, com carteira assinada, ganhando menos de um salário-mínimo por mês. Ele recebe somente pelos dias trabalhados”, afirma. 

De acordo com o CAGED, o saldo positivo de empregos com carteira assinada na Bahia foi resultado das 72.749 contratações e 60.201 desligamentos e segue a tendência nacional. A expectativa agora é de desaceleração, ao comparar com o número de contratações do ano passado, já que as empresas não continuarão contratando no mesmo ritmo.

“Percebe-se que a quantidade de contratos de trabalho intermitentes é superior aos contratos normais, indicando uma tendência à precarização. Então, o melhor dado do CAGED passou a ser a média salarial dos trabalhadores empregados e não somente a quantidade de admissões. E a média salarial atual caiu em relação ao ano mesmo período de 2021, passando de R$ 1.926,36 para R$ 1.878,66 em fevereiro deste ano”, analisa Mário.

Os municípios baianos com maior saldo de postos de trabalho com carteira assinada no mês de fevereiro foram Salvador (3.723), Feira de Santana (816), Luís Eduardo Magalhães (572), Brumado (418) e Barreiras (401). Já as áreas de atividades econômicas que mais apresentaram saldo positivo no período, de acordo com o estudo, foram: o setor de serviços, com 5.482 novos postos de trabalho; a construção, que encerrou o mês com saldo de 3.540 novos empregos com carteira assinada; e o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que fechou o mês com 1.411 novas oportunidades.

Acesse o Novo CAGED aqui.

Auditores Fiscais do Trabalho resgatam mulher de trabalho escravo doméstico no Sudoeste da Bahia

Em Vitória da Conquista, uma mulher de 52 anos foi resgatada de trabalho doméstico análogo a escravo na sexta-feira, 1° de Abril. A vítima trabalhava há 40 anos para a mesma família sem receber salário. A operação envolveu a Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRTb/BA), o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (SAFITEBA), Mário Diniz, parabenizou os profissionais que participaram da operação e reforçou a importância do trabalho realizado pelos Auditores Fiscais do Trabalho para a garantia do trabalho digno. “Infelizmente, a submissão de pessoas em situação de vulnerabilidade a trabalhos análogos à escravidão acontece em todo o país. No ano passado, resgatamos 69 trabalhadores aqui na Bahia. É por isso que as ações da Inspeção do Trabalho são fundamentais. Somente com as denúncias e as ações dos auditores, podemos mudar essa triste realidade que persiste no nosso país,” afirma.

Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social indicam que, dos resgatados em todo o Brasil, 42 pessoas estavam em situação de trabalho escravo doméstico. A maioria são meninas e mulheres pobres e ainda jovens, que saem de suas casas em busca de trabalho, perdem a liberdade e a dignidade, submetidas a situações degradantes para sobreviver.

“A escravização da mão de obra é uma triste realidade que ainda persiste em nosso país e que precisamos combater. O trabalho doméstico escravo vitimiza, na maioria das vezes, meninas e mulheres, mas os meninos e homens ou casais também são escravizados, geralmente em casas de veraneio, chácaras ou sítios.” detalha, Mário.

No caso de Vitória da Conquista, a vítima identificada pelas iniciais M. S. S. relatou que começou a trabalhar quando tinha apenas 12 anos. Inicialmente na cidade de Itabuna e, posteriormente, em Vitória da Conquista, sempre para a mesma empregadora, sem nunca ter recebido salário, sob o argumento de que seria da família.

Após o resgate, a vítima foi encaminhada para a residência de seus familiares e receberá três parcelas de um salário mínimo (R$ 1.212) cada, referentes ao Seguro Desemprego do Trabalhador Resgatado. Também fará jus às verbas rescisórias calculadas em R$ 150 mil pelos Auditores-Fiscais do Trabalho. Conforme Termo de Ajustamento de Conduta firmado no mesmo dia (01/04). pela empregadora, o valor será pago em 30 parcelas.

Denúncias – Denúncias de trabalho escravo podem ser feitas, de forma remota e sigilosa, no Sistema Ipê, pelo link ipe.sit.trabalho.gov.br

Discriminação racial é acentuada no mercado de trabalho durante a pandemia

No Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, 21 de Março, o Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (Safiteba) alerta para os impactos mais intensos que a pandemia causou sobre a população negra no mercado de trabalho. Seja pela dificuldade para encontrar novos empregos ou pela necessidade de retornar ao mercado antes mesmo de receber a vacinação contra o coronavírus, a desigualdade entre negros e não negros se aprofundou.

“Trabalhadores de todo o país foram impactados durante a pandemia de Covid-19, viram uma mudança drástica nas rotinas de trabalho e o aumento do desemprego. Mas, apesar do Estatuto da Igualdade Racial (Lei Nº 12.288/2010) e das políticas públicas para garantia de igualdade, de oportunidades à população negra, combate à discriminação e ao racismo estrutural, o que observamos é um aumento no número de pessoas em trabalhos informais ou se submetendo à situações análogas à de escravidão. A maioria delas são homens e mulheres negros e negras,” explica o presidente do Safiteba, Mário Diniz.

O relatório do Ministério do Trabalho e da Previdência, divulgado em janeiro deste ano, revelou que no ano de 2021 houve aumento de 30% no número de trabalhadores encontrados em condições análogas à de escravo e resgatados pela Inspeção do Trabalho na Bahia, se comparado ao ano de 2019. Em todo o Brasil, 80% dos trabalhadores resgatados se autodeclararam negros ou pardos.

A desconfiança sobre o futuro do país, acentuada pelos efeitos da reforma trabalhista e pela pandemia, tirou direitos dos trabalhadores, refletindo no aumento da informalidade no mercado de trabalho. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que 8,9 milhões de pessoas perderam seus empregos ou deixaram de procurar colocação entre o 1º e o 2º trimestre de 2020. Desse total, a maioria, 6,4 milhões eram negros ou negras.

De acordo com o Boletim Especial do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), durante a pandemia, houve aumento do assalariamento sem carteira no setor privado (16,0%), do trabalho doméstico sem carteira (14,9%), do trabalho por conta própria (14,7%) e do trabalho familiar (8,7%). Entre os trabalhadores que conseguiram preservar seus empregos, apenas 17% dos negros puderam exercer suas funções de forma remota. Metade, se comparado ao número de trabalhadores não negros, que foi de 34%.

Atos de racismo ou irregularidades trabalhistas podem ser denunciados de forma sigilosa pelo Disque 100 ou pelo link https://denuncia.sit.trabalho.gov.br

STF decide, por unanimidade, pela constitucionalidade do Bônus de Eficiência para Auditores Fiscais

A concessão do Bônus de Eficiência e Produtividade para Auditores Fiscais do Trabalho, da Receita Federal e por Analistas Tributários da Receita foi aprovada, por unanimidade, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento virtual da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6562, movida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi concluído por volta das 23 horas de terça-feira (08).

Para Mário Diniz, presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado da Bahia  (SAFITEBA), essa é uma importante decisão para a conquista da regulamentação do Bônus de eficiência que se arrasta há quase sete anos “Uma votação importante, pois com a decisão do STF, encerra a discussão sobre a legalidade do bônus. Agora é a mobilização política da carreira para que o bônus seja regulamentado.” Reforça, Mário.

No julgamento, iniciado no dia 25 de fevereiro, o tribunal discutiu a validade do recebimento do Bônus de Eficiência e Produtividade por parte de Auditores Fiscais do Trabalho, da Receita Federal e por Analistas Tributários da Receita. A PGR apresentou a ação em setembro de 2020, questionando o recebimento do Bônus de Eficiência, por considerar que as categorias ainda seriam remuneradas por subsídio, ignorando o acordo assinado em 2016 com o governo, que alterou a forma de remuneração para vencimento básico pela Lei 13.464/2017, permitindo gratificações como o bônus.

O ministro relator da ADI 6562, Gilmar Mendes, em seu relatório, reconheceu a constitucionalidade do Bônus de Eficiência e Produtividade na Atividade Tributária e Aduaneira e da Auditoria-fiscal do Trabalho, respeitando-se, em todo caso, o teto remuneratório estabelecido pelo Art. 37, XI, da Constituição Federal de 1988. Os demais dez ministros acompanharam o voto do relator, sendo que o ministro Edson Fachin acompanhou com ressalvas.

Ação de Auditores-Fiscais promove a inclusão de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho

Graças às recomendações dos Auditores-Fiscais do Trabalho (AFTs), que fiscalizam e orientam empresas públicas e privadas sobre o cumprimento da Lei no 8.213/91, a Caixa Econômica Federal acaba de contratar 992 Pessoas com Deficiência (PcD), por meio de Concurso Público. Essa é a maior convocação em número de PcD feita por uma empresa brasileira.

Na Bahia, o percentual de cotas de PcD preenchidas nas vagas de trabalho atingiu 53%. É o que indicam os dados do CAGED 11/2021 e RAIS 2019. Ao todo, 1.209 empresas com 100 (cem) postos de trabalho ou mais estão obrigadas pela Lei de Cotas a empregar PcD, mas apenas 33% cumprem a legislação. Dos 12.414 PcD que ocupam postos de trabalho com carteira assinada atualmente, 89% estão em empresas obrigadas pela lei.

A Auditora-Fiscal do Trabalho, Priscila Leal, explica que a garantia de ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos é um dever constitucional das empresas e do Poder Público. Porém, para que haja uma mudança concreta desta realidade segregadora, é necessário haver uma mudança de cultura que compreenda a inclusão da pessoa com deficiência como um exercício de democracia e cidadania, que beneficia a sociedade como um todo, e não como mera obrigação legal ou política assistencial.

“Pesquisas recentes revelam que um ambiente de trabalho inclusivo e diverso representa uma melhora geral no clima organizacional, o que é também frequentemente relatado à Inspeção do Trabalho por gestores de empresas cumpridoras de cotas para pessoas com deficiência. Por outro lado, segundo dados oficiais, somente com as pessoas com deficiências graduadas com nível médio e superior poderiam ser preenchidas várias vezes as cotas legais no Brasil. Portanto, a única conclusão possível é que as barreiras atitudinais ainda são o maior entrave à contratação de pessoas com deficiência no País.” Ressalta a auditora Priscila Leal.

O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado da Bahia (SAFITEBA), Mário Diniz, explica que essa contratação reflete a importância das ações de fiscalização realizadas pelos AFTs. “Para garantir o cumprimento da Lei de Cotas para pessoas com deficiência, a Inspeção do Trabalho realizou 7.667 ações de verificação de rescisões de contrato de trabalho em todo o país durante o ano de 2021. Mais de 19 mil pessoas com deficiência foram inseridas no mercado de trabalho. Um número que supera as cerca de 13 mil inclusões feitas em 2020. Parabenizamos a atuação dos auditores nessas inspeções e, em especial, os que estiveram presentes na reunião virtual com representantes da Caixa Econômica, apresentando as instruções necessárias para tornar a alteração do edital e a inclusão das pessoas com deficiência em uma das maiores empresas públicas do país possível.” Destaca o presidente.

A Lei nº 8.213/91, orienta sobre a habilitação e a reabilitação profissional e social de PcDs e os meios para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social para que esses cidadãos possam participar do mercado de trabalho e do contexto em que vivem. Entre as principais alterações recomendadas pelos auditores, destacam-se a possibilidade de envio de laudos emitidos por outros profissionais de saúde e que estivessem ligados à deficiência específica dos candidatos, como fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, bem como o laudo médico já exigido. Também foram sugeridas a fragmentação de atividades e alterações nas jornadas de acordo com a deficiência do novo empregado público da Caixa.

Em protesto no Comércio, servidores federais chamam a atenção para perdas salariais

Na manhã desta sexta-feira (18), servidores federais de diversas categorias participaram de mobilização nacional por reajuste salarial. O protesto em Salvador foi realizado na frente da sede do Ministério da Economia, na Avenida Jequitaia, bairro do Comércio.

De acordo com o Fórum Baiano em Defesa do Serviço Público, o ato, que é nacional e ocorreu simultaneamente em Brasília, Salvador e outras capitais em todo o País, protesta contra as perdas salariais do funcionalismo federal, que chegou a 19,9% nos últimos dois anos.

Denise Carneiro, integrante do Fórum, ressaltou que o governo sinalizou reajuste apenas para os policiais federais, mas os servidores lutam por uma reposição linear que contemple todas as categorias.

Auditor fiscal do trabalho e dirigente do Sindicato que representa a categoria na Bahia, Mário Diniz afirmou que o objetivo da manifestação é de sensibilizar a opinião pública e também os colegas servidores. “São quase sete anos sem aumento real e mais de 25% de perda de poder aquisitivo dos salários neste período. Há 30 dias, o governo federal nos ignora e não discute a nossa proposta. É preciso que o governo negocie e saia da prática do reajuste ideológico, que é voltado apenas para algumas categorias”.

Já Edivaldo Santa Rita, que representa os profissionais da Saúde e Previdência Social lembrou que esse é um movimento nacional. “Teremos uma assembleia-geral no dia 25 para deliberarmos sobre a greve nacional no dia 9 de março. Esta semana, iremos a oito municípios de diferentes regiões da Bahia para conversar com os trabalhadores e fazermos uma conscientização sobre a importância desta paralisação”, finalizou.

Além dos servidores, o protesto contou com a presença do deputado estadual e servidor concursado do poder judiciário, Hilton Coelho.

Fonte: ASCOM do Fórum Baiano em Defesa do Serviço Público

Entidades se unem em defesa do Serviço Público e realizarão ato simbólico na sexta-feira (18)

O Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado da Bahia (SAFITEBA) e mais vinte entidades que representam as três esferas do funcionalismo público reiniciam a agenda de lutas nacionais. Na sexta-feira (18), serão realizados atos simbólicos, sem aglomeração, em todas as capitais. Em Salvador, o ato será realizado às 09 horas, em frente ao prédio do Ministério da Economia, na Avenida Jequitaia, com a participação das entidades do Fórum Baiano em Defesa do Serviço Público.

A decisão foi definida durante a Reunião Ampliada, realizada via Zoom pelo Fórum Baiano em Defesa do Serviço Público, na terça-feira (15). Nela, foram discutidas ações pela valorização do Serviço Público e dos Servidores, os cuidados e protocolos de prevenção à COVID-19 e as mobilizações pelo arquivamento definitivo da PEC32.

O Auditor Fiscal do Trabalho e diretor do SAFITEBA, Rivaldo Moraes, explica que o dia 18 marca os trinta dias que os servidores públicos pediram a abertura das negociações com o governo, pleiteando a recomposição salarial, mas o governo se manteve omisso e ignorou a pauta de reivindicações. Ele destaca que a união de esforços nessa luta que deve ser de todos os cidadãos. “O serviço público, de qualidade e gratuito é um direito da população. Nosso movimento não é em favor dos servidores. É a favor do serviço público. Isso inclui recursos humanos e materiais também, para que se possa oferecer um serviço digno de qualidade e gratuito para toda a população, que é um direito constitucional de todos os cidadãos”.

Uma das atividades na agenda de lutas é a realização do ato contra a privatização da EMBASA, que ocorreu na tarde desta quarta-feira (16), em frente à Assembleia Legislativa da Bahia.

Auditores Fiscais do Trabalho realizam operação de combate ao trabalho infantil nas praias

 

A operação Diga Não Ao Trabalho Infantil Nas Praias foi iniciada no dia 7 de fevereiro pelos Auditores Fiscais do Trabalho (AFTs) nas praias de Salvador e Lauro de Freitas, com o objetivo de combater a exploração do trabalho infantil junto à comerciantes e banhistas na faixa de areia. Durante a atuação, os auditores afastaram oito crianças e adolescentes e notificaram três comerciantes. A iniciativa é realizada pela Superintendência Regional do Trabalho da Bahia, com apoio do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (SAFITEBA), da Coordenação de Prevenção à Violência da Guarda Civil Municipal de Salvador e da Polícia Militar do Estado da Bahia.

Conforme determina a Constituição Federal de 1988, crianças e adolescentes com idade de até 13 anos são proibidas de serem submetidas a qualquer condição de trabalho. Os adolescentes de 14 e 15 anos somente podem trabalhar na condição de aprendizes, observando a legislação que regulamenta a aprendizagem profissional. Já os jovens com 16 e 17 anos de idade podem trabalhar, desde que não realizem atividades noturnas, insalubres, perigosas, penosas ou prejudiciais à moralidade. Mas de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), mais de 1.800 crianças e adolescentes foram constatados pela Inspeção do Trabalho em situação de trabalho infantil no ano de 2021. Desses, aproximadamente 48% exerciam atividade elencada na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil – Lista TIP.

Entre os trabalhos proibidos para crianças e adolescentes nas praias e arredores estão a venda de bebidas alcoólicas, a utilização de instrumentos que possam causar lesões físicas sem equipamentos de proteção, a exposição ao ar livre sem a devida proteção contra a radiação solar e a chuva, além do comércio ambulante, a guarda de carros, entre outros.

O AFT e associado do SAFITEBA, Antonio Ferreira, que atuou na operação Diga Não Ao Trabalho Infantil Nas Praias, explica que durante as ações de inspeção os exploradores do trabalho infantil são notificados e responsabilizados e é feito o encaminhamento das crianças e dos adolescentes para a rede de proteção e para os programas de aprendizagem profissional, como forma de garantir os direitos fundamentais dessas pessoas. “Uma das afastadas é uma adolescente de 15 anos que já é mãe e que demandará bastante empenho do SGD para ser acolhida, para que o estudo e proteção voltem a lhe ser garantidos”, relata Antonio.

O presidente do SAFITEBA, Mário Diniz, destaca a importância da atuação dos AFTs na operação. “Os Auditores Fiscais do Trabalho desempenham um papel heróico para livrar crianças e adolescentes de situações que podem expor elas à violência, ao assédio sexual e a trabalhos que possam gerar prejuízos para o desenvolvimento físico, psíquico, moral e social”. Ele chama a atenção para as particularidades da exploração do trabalho infantil nas praias. “São crianças e adolescentes que acabam atuando na venda de bebidas alcoólicas, no comércio ambulante, no manuseio de objetos cortantes e que, por atuarem nas praias, também precisam fazer esforços físicos exaustivos e podem sofre com a desidratação, a intoxicação e acidentes de trabalho ao manusear objetos cortantes, ou outros prejuízos graves à saúde o que dificulta a continuidade dos estudos e contribui para a evasão escolar, reforçando esse ciclo de miséria e falta de expectativas futuras”, alerta.