SAFITEBA exige retratação do ministro Rui Costa sobre suposta “tendência à inércia” no serviço público.
A fala autoritária e em tom ameaçador do ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante entrevista à Rádio Metrópole, na última segunda-feira (11), revela total desconhecimento sobre o comprometimento, empenho e resultados positivos obtidos pelos servidores de carreira. Ao afirmar que o funcionalismo público tem “tendência à inércia” e que o presidente, governadores e prefeitos precisam “pisar no calcanhar” e “fungar no cangote” de servidores e servidoras “para as coisas andarem”, Rui Costa desrespeita trabalhadores e trabalhadoras que, mesmo diante das constantes tentativas de desmonte do serviço público, precarização do trabalho e da política de terceirização adotada pelas instituições governamentais, enfrentam todos os entraves para realizar o pleno exercício de suas funções.
Uma prova desse comprometimento é que, mesmo com 50% dos cargos de Auditores Fiscais do Trabalho vagos, em 2023 realizamos um número recorde de resgates de pessoas em situação análoga ao de escravizados nos últimos quatorze anos. Foram 3,1 mil ao todo. 87 deles somente na Bahia.
O tom assediador da fala de Rui Costa apenas evidencia sua estratégia de transferir a (ir)responsabilidade de sua má gestão para servidores e servidoras quando, na verdade, o Estado deveria se debruçar sobre os verdadeiros problemas estruturais enfrentados pelo funcionalismo público e empenhar esforços para, como ele mesmo disse, o povo ter acesso aos serviços “para hoje”.
SAFITEBA, o Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia.